Este boletim de notícias do NMA visa fornecer informações atualizadas sobre suas principais atividades científicas e de prestação de serviços para pesquisadores, técnicos, clientes, usuários e parceiros do Núcleo em todo o Brasil. Produzido pela Assessoria de Imprensa do NMA, com o apoio de colaboradores internos e externos, é dirigido a instituições de pesquisa, e setores do governo ligados à questão do meio ambiente, além de órgãos da mídia e do sistema EMBRAPA.
A dimensão atingida pela prática das queimadas no Brasil tem sido objeto de preocupação a nível nacional e internacional. O Núcleo de Monitoramento Ambiental (NMA), em conjunto com outras instituições, faz o mapeamento diário do fenômeno com a ajuda do satélite NOAA, desde 1990. Este satélite mede temperaturas com precisão de até 1 décimo de grau centígrado e passa sobre o Brasil várias vezes ao dia, registrando as queimadas e qualificando-as seguindo um critério de pontuação de zero a dez conforme a intensidade do fogo. Os pesquisadores responsáveis por este trabalho acabam de concluir um balanço dessas queimadas e de seu impacto ambiental em 1992.
Durante a estação seca de 1991 (entre junho e outubro) foram detectadas 467.012 queimadas. Esse número caiu para 290.772 no mesmo período de 1992. Mas as queimadas prosseguiram durante o mês de novembro. O inédito ressurgimento dos focos foi analisado e, após alguns meses de pesquisa, o NMA concluiu o que representaram as queimadas para o meio ambiente em 1992 nas diversas regiões do país. A equipe também avaliou as perspectivas das queimadas em 1993.
O coordenador de pesquisa, Evaristo Eduardo de Miranda, acredita que este ano as queimadas vão aumentar no Brasil, em função da prevista retomada do crescimento econômico e de condições climáticas mais adversas do que em 1992. No ano passado, o NMA detectou 353 mil queimadas, no período de junho a novembro (ver ilustração), contra 467 mil em 1991. A redução, segundo o pesquisador deve-se à crise econômica e ao maior volume de chuvas no ano passado.
Neste trabalho, os diversos tipos de queimadas como desmatamentos, renovação de pastagens, colheita de cana-de- açúcar e incêndios foram identificados. O possível efeito dos programas de controle que o governo pretende implantar nesse campo também foram analisados.
Como resultado da ECO'92 e da Convenção sobre Mudanças Climáticas assinada pelo Brasil, cada país deverá apresentar um balanço anual de sua contribuição ao efeito estufa através da emissão de gases. As queimadas são um ponto relevante para o posicionamento brasileiro nessa questão.
A ilustração abaixo foi feita a partir de dados do satélite NOAA, fornecido pelo:
Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais - INPE - SCT.
Processamento e espacialização - NMA/EMBRAPA.
Interpretação espacial e análise ambiental - ECOFORÇA.
Difusão - AGÊNCIA ESTADO.
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Legenda: Total de queimadas no período 352.722.
Agora em março, os pesquisadores Michel Lecoq do CIRAD/PRIFAS e Ivo Pierozzi Júnior do NMA lançaram um documento com as primeiras conclusões sobre a espécie de gafanhoto que está atacando as plantações de Mato Grosso, com o título: "Rhammatocerus schistocercoides, gafanhoto praga do estado de Mato Grosso, Brasil. Síntese bibliográfica", com 119 páginas.
Este documento avalia dados já existentes e apresenta outros inéditos, levanta possíveis causas do fenômeno, ocorrido a partir de 1984 em Mato Grosso e Rondônia, tais como o desmatamento intensivo na região, proporcionando hábitats favoráveis para a espécie, e consequente desequilíbrio ecológico, além da redução de importantes inimigos naturais dos gafanhotos, favorecendo as pululações.
Pode-se encontrar neste documento várias abordagens como: histórico das pululações do gafanhoto, identificação da espécie implicada; área de distribuição; morfologia e pigmentação; possibilidade da existência do fenômeno de polimorfismo de fases; biologia; ecologia e causa das pululações; importância econômica; estratégia de combate; pesquisas em curso e pesquisas futuras.
Trata-se do embrião de uma monografia mais completa da espécie, explica Lecoq, uma plataforma de trabalho onde poderão ser encontradas hipóteses para pesquisas futuras. Inclui uma bibliografia comentada, apresentada em ordem cronológica, permitindo observar a evolução do problema desde o seu aparecimento até o período atual.
A Comunidade Econômica Européia - CEE - assinou este mês acordo com o NMA no valor de US$ 300 mil (Cr$ 9,2 bilhões) para um projeto de estudo dos gafanhotos na região de Mato Grosso. Esses recursos vinham sendo aguardados pela Unidade desde que o projeto foi aprovado em primeiro lugar entre uma concorrência mundial com mais de 59 trabalhos de pesquisa, realizada pela CEE. O custo total do projeto é de US$ 500 mil e terá parte de seu financiamento custeado pela EMBRAPA.
O projeto está situado dentro do Programa de Ecologia Operacional, desenvolvido pelo NMA em cooperação com o CIRAD/PRIFAS, instituto de pesquisas francês especializado em gafanhotos, e foi iniciado em agosto de 92 com a vinda do pesquisador francês Michel Lecoq ao Brasil, onde permanecerá, desenvolvendo este trabalho junto à equipe do NMA.
O objetivo desta pesquisa é conhecer como e onde vivem os gafanhotos, o que poderá subsidiar o controle direcionado das pululações. Até agora isso só é feito quando os gafanhotos formam nuvens e passam a atacar as culturas. Segundo Evaristo Eduardo de Miranda, coordenador do projeto no Brasil, a partir deste trabalho será possível evitar o ataque.
No dia 4 de maio a equipe parte novamente para a região noroeste do estado de Mato Grosso para a segunda etapa de trabalho que é a verificação do desenvolvimento dos gafanhotos e seu estágio atual.
O secretário de Meio Ambiente e Turismo do Maranhão, Fernando César Mesquita visitou o NMA com o objetivo de conhecer o trabalho desenvolvido e solicitar colaboração no Projeto de Zoneamento Econômico e Ecológico iniciado há três anos no estado. Para desenvolver o projeto a Secretaria conta com um financiamento de cerca de US$ 5 milhões do Banco Mundial.
"Análise de Degradação Ambiental no município de Rio Claro com apoio do Sistema de Informação Geográfica", é o tema do trabalho que a pesquisadora Magda Aparecida Lima vai apresentar no VII Simpósio Brasileiro de Sensoriamento Remoto, em Curitiba/PR.
O objetivo do estudo é identificar e quantificar a degradação das áreas, apresentando um cenário da situação atual das terras no município de Rio Claro, SP.
Através do cruzamento das cartas de adequabilidade do uso pastoril com informações sobre a atual ocupação da região obteve um quadro da exposição das terras à degradação causada por esta utilização. Ela utiliza imagens do satélite LANDSAT, além de fotografias aéreas da região.
Pesquisadores do NMA participaram do Workshop Internacional sobre Recursos Naturais e Sustentabilidade Agrícola, com promoção do PROCISUR/IICA e organizado pela EMBRAPA/CNPDA, de 29 de março a 02 de abril. Realizado no Hotel Duas Marias em Jaguariúna, no estado de São Paulo.
Você sabia que os funcionários da EMBRAPA podem se associar ao SESC - Serviço Social do Comércio?
Em Campinas o endereço é: Rua Dom José I nº 270, Bonfim, Fone: (0192) 32-9299. Para se associar é necessário: carteira profissional; contra-cheque atual; e uma foto 3x4. A taxa anual é Cr$ 54 mil individual e Cr$ 108 mil familiar. O SESC dispõe de quadra, piscina, área de lazer, teatro, serviço de odontologia, colônia de férias e até excursões programadas pelo departamento de turismo.
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