VIA SATÉLITE
Pesquisas Espaciais para a Agricultura
Ano 1 - N° 04 - EMBRAPA/NMA - Agosto/Setembro de 1993
Ano 1 - N° 04 - EMBRAPA/NMA - Agosto/Setembro de 1993
"A tecnologia é importante, mas sem o suporte não é nada", com essa frase, o responsável pelos programas Sistema Geográfico de Informações (SGI) e Sistema de Tratamento de Imagens (SITIM) do Instituto de Pesquisas Espaciais (INPE), Gilberto Câmara deu início a uma palestra do "Workshop de Avaliação dos Aplicativos SGI e SITIM", no NMA/EMBRAPA dia 24 de agosto.
Esta frase resume a importância deste Workshop que , durante os dias 24 e 25 de agosto reuniu o criador do programa, o INPE, um de seus maiores usuários o NMA e mais 13 Institutos de Pesquisa da área de monitoramento ambiental, para uma troca de informações a fim de relacionar problemas, propor soluções, levantar pontos de sucesso e apresentar sugestões para o desenvolvimento desses programas que têm sido utilizados por diversos laboratórios de teledetecção em estudos de Sensoriamento Remoto e Geoprocessamento, nos últimos cinco anos.
O NMA utiliza estes aplicativos em todos os trabalhos de pesquisa que realiza. O SITIM, tem possibilitado o tratamento de imagens dos satélites LANDSAT, SPOT, NOAA etc., que têm sido fontes de informação primária para o desenvolvimento de projetos como o "Monitoramento Ambiental da Amazônia", "Banco de Dados Sócio-Econômicos do Nordeste" e outros a níveis estadual e municipal, como é o caso recente de um estudo de impacto ambiental do prolongamento da Rodovia Bandeirantes, para a Prefeitura de Campinas, SP.
O SGI é uma ferramenta importante na manipulação digital de informações georreferenciadas através da digitalização de mapas, do cruzamento de dados e da geração e o armazenamento dos mapas, além da possibilidade de visualização na tela do computador e a impressão em papel através da plotter. "O NMA possui hoje uma das maiores e mais diversificadas mapotecas do Brasil e seu acervo foi totalmente elaborado através da utilização destes aplicativos", informa o Coordenador de Pesquisas do Núcleo, Evaristo E. Miranda.
Desde as primeiras versões destes "softwares" a equipe do NMA, em conjunto com o DPI (Divisão de Processamento de Imagens) do INPE, vêm avaliando estes sistemas. Agora com o desenvolvimento de um novo aplicativo o SPRING (Sistema de Processamento de Informações Georreferenciadas), para utilização no sistema operacional UNIX, em estações de trabalho, tornou-se necessário um balanço sobre a situação atual e as perspectivas futuras de desenvolvimento e utilização dos aplicativos SITIM e SGI, que foram discutidas e analisadas neste encontro.
Alguns resultados já puderam ser observados durante a realização do Workshop, como por exemplo: a importância da continuidade de desenvolvimento do SGI e SITIM pelo INPE, apesar da entrada do SPRING; a necessidade de uma relação dos problemas atuais destes aplicativos levantados durante o evento, e que serão resolvidos pelo INPE a curto e médio prazo; a disposição das instituições envolvidas em investir esforços conjuntos para desenvolver bases de dados de grande porte, integrando cartografia, imagem e banco de dados relacionais de alto desempenho.
Além destes resultados iniciais o NMA, atendendo a solicitação das Instituições presentes e considerando o sucesso alcançado neste Workshop decidiu organizar e sediar em 1994 novo Encontro, para discutir os aplicativos SGI e SITIM e as experiências vivenciadas com o novo "software" SPRING.
Foto: Vera Borges
Legenda: Da esquerda para direita: Dr. Márcio Nogueira Barbosa, Diretor do INPE; Dr. José Roberto Miranda, Chefe do NMA/EMBRAPA e Dr. Alcides Mamizuka da Associação Paulista dos Municípios (APA).
Será assinado este mês o Acordo de Cooperação Técnica entre a EMBRAPA, através do NMA e a Universidade de Indiana em Bloomington, EUA através do Centro Antropológico para Treinamento e Pesquisa em Mudanças Ambientais Globais.
Este acordo vem sendo negociado desde o ano passado, mas só agora foram acertados todos os detalhes do contrato que tem por objetivo a cooperação científica, de pesquisa e tecnologia em manejo de recursos naturais por meio de satélites, desenvolvendo projetos conjuntos que se concentrem na aplicação de dados de satélites e tecnologias de Sistemas de Informações Geográficas para o estudo do impacto de atividades agrícolas, pastoris e de silvicultura.
A cooperação entre as instituições prevê pesquisa a longo prazo, mutuamente benéfica, trocas científicas a curto prazo, treinamento e ou outras atividades de interesse mútuo.
As áreas de estudo serão as mudanças ambientais globais; sistema de informações geográficas; sensoriamento remoto; agroecologia; agrossilvicultura; manejo de florestas e de solos; climatologia e estudos sócio-econômicos de outras áreas de interesse das instituições envolvidas.
Os projetos irão contribuir para a melhor compreensão do desenvolvimento sustentado, conservação de recursos naturais e manejo agroecológico.
Este acordo prevê o planejamento e execução de projetos de pesquisa incluindo iniciativas conjuntas para identificar e obter fundos para projetos conjuntos; troca de informações através de redes eletrônicas e de documentos científicos tradicionais, atividades de treinamento que aprimorem a capacidade de pesquisa das equipes envolvidas; organização conjunta de conferências, simpósios e outras reuniões científicas sobre temas de interesse comum e o intercâmbio de pesquisadores e outros funcionários para locais de pesquisa e treinamento.
A partir de julho o NMA entrou na Rede Nacional de Pesquisa (RNP), depois de muito trabalho junto à FAPESP, UNICAMP E TELESP nos últimos 12 meses, podendo agora contar com uma conexão à Rede INTERNET através de uma linha direta de comunicação de dados com a Universidade de Campinas, usando o protocolo TCP/IP.
Aos colegas da EMBRAPA e de outras instituições afins, nosso endereço eletrônico (e-mail) passa a ser <user@cnpm.embrapa.br> onde o "user" é substituído pelo nome do usuário. Em caso de dúvidas consulte o <postmaster@cnpm.embrapa.br>.
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A SAGRES Editora lançou o segundo número da Revista Fator GIS na IV Conferência Latino-americana sobre Sistemas de Informações Geográficas, que aconteceu em julho na POLI/USP. A publicação é destinada à area de Geoprocessamento, tecnologia que gerencia informações gráficas por sistemas de computador. A revista tem tiragem nacional de 5 mil exemplares e periodicidade trimestral. Seu público alvo é formado por engenheiros, urbanistas, cartógrafos, ambientalistas, geólogos, analistas de sistemas, administradores públicos e outros profissionais que trabalham com mapas relacionados a banco de dados alfanuméricos.
Este número de FATOR GIS apresentou entrevistas com Marcos Rodrigues, professor da USP, falando sobre o mercado atual de geoprocessamento no Brasil e Hans-Peter Bähr, professor da Universidade de karlsruhe, falando sobre o desenvolvimento de GIS na Alemanha. Também mostrou artigos sobre privatização do uso de imagens por satélite e explicou quais os formatos de arquivos gráficos disponíveis para o geoprocessamento.
O primeiro número foi lançado em abril, na cidade de Curitiba. Os editores Emerson Granemann e Suely Laskowski ficaram entusiasmados com o alcance de FATOR GIS, que chegou a 650 cidades do Brasil e outros países como Argentina, Chile, Paraguay, Uruguai e México. "O Geoprocessamento ainda não é uma tecnologia muito conhecida, mas se fosse mais divulgada, beneficiaria várias áreas, desde a agricultura ao planejamento urbano", diz Granemann.
O próximo número da revista será lançada no Rio de Janeiro no Congresso Brasileiro de Cartografia, no mês de outubro, tendo como temas principais um roteiro para implantação de GIS em uma instituição, aplicações do geoprocessamento na área florestal e no setor energético e uma análise do mercado de cartografia digital no país.
Tiragem: 400 exemplares
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