Embrapa Monitoramento por Satélite desenvolve site na Internet com WebGIS para projeto Estância Jatobá
A Embrapa Monitoramento por Satélite lançou na Internet um website com mapas e WebGIS da Estância Jatobá, santuário ecológico localizado na região da cidade de Holambra, São Paulo, e considerado pelo governo federal e pelo Ibama como Reserva Particular do Patrimônio Natural - RPPN. O website vai auxiliar a Estância Jatobá em seu sistema agroecológico de produção e em um projeto de conservação da natureza, pesquisa e educação ambiental.
O website
apresenta imagens
de satélite de alta resolução espacial, utilizadas para identificação e
caracterização das áreas da propriedade, ainda fotos, publicações e
informações sobre o projeto Estância Jatobá. Toda a propriedade adota o
sistema orgânico de produção e a ferramenta WebGIS - um sistema de
informações geográficas utilizado para integrar e disseminar
informações geográficas pela Internet - vai auxiliar na certificação de
origem e na rastreabilidade da produção. De acordo com o coordenador do
projeto, o pesquisador da Embrapa João Alfredo de Carvalho Mangabeira,
o WebGIS da Estância Jatobá é um belo exemplo de alta tecnologia
aplicada ao sistema agroecológico de produção. "Além de facilitar a
gestão da propriedade, esta ferramenta vai permitir a qualquer usuário
gerar mapas interativos, lançando mão dos diversos temas que
envolvem a realidade da Estância Jatobá, como a área de cultivo de
árvores frutíferas, de pasto e mata", ressalta Mangabeira. O endereço
na Internet é
http://www.jatoba.cnpm.embrapa.br .
Cultivo sustentável, preservação e educação ambiental
As RPPNs, como a Estância Jatobá, são áreas privadas que têm como objetivo a conservação da diversidade biológica. São classificadas como Unidades de Conservação de Uso Sustentável e podem promover atividades como pesquisa e visitação, com objetivos recreativos, educacionais e turísticos. A Estância Jatobá tem 84 hectares, integra uma mini-bacia formada pelo Rio Camanducaia, e é circundada por quase vinte nascentes naturais e áreas de floresta. Os proprietários contam que, na primeira metade do século XX, a terra foi desmatada para se plantar café. Em seguida os citros tomaram seu lugar e de tempos em tempos plantou-se feijão, arroz, milho e mandioca. Hoje, aproximadamente 50 hectares da propriedade são constituídos de florestas, áreas alagadas ou em vias de reflorestamento, 7 hectares são pomares e o resto, pastagens.
O projeto Estância
Jatobá, concebido
como uma organização educacional e de pesquisa, sem fins lucrativos,
dedica-se à promoção e estudo do bem-estar humano, conservação da
natureza e um sistema de produção de alimentos sustentável. O projeto
envolve aprendizagem através da experiência direta, usando o
conhecimento empírico local e a pesquisa científica para compreender e
melhorar as relações humanas, promover a conservação da natureza e o
cultivo
sustentável, incentivar o manejo dos excedentes e o uso de uma energia
limpa e
eficiente. Embora as florestas da
Estância Jatobá, considerando-se os padrões brasileiros, não sejam de
grande expansão territorial, elas são importantes na "cadeia de ilhas"
que liga a biodiversidade frágil da região.
A poluição do ar, do
solo e da água decorrentes de práticas agrícolas já foram eliminadas na
propriedade. Há vários anos não são usados pesticidas, herbicidas e
fertilizantes químicos e duas variedades de laranja e uma de limão
foram
certificados para venda como produto natural ou orgânico por uma das
mais criteriosas agências certificadoras do país.
Imagem da
Estância Jatobá, feita pelo satélite Ikonos |
Lago forma
uma da paisagens da propriedade |
Produção orgânica de limão e girassol |
Área de
pastagem |