VIA SATÉLITE: Boletim Informativo do CNPM, Campinas, v. 12, n. 2, mar./abr. 2004.

Embrapa Monitoramento por Satélite firma participação no programa LBA

 

O Chefe-Geral da Embrapa Monitoramento por Satélite, Ademar Ribeiro Romeiro, e o pesquisador Mateus Batistella participaram, na última semana, de um workshop, em Ubatuba, antecedendo a reunião semestral do Comitê Científico do programa LBA - Experimento de Grande Escala da Biosfera-Atmosfera na Amazônia. O LBA, do qual a Embrapa faz parte, é um programa de cooperação científica internacional que tem como meta estudar as interações entre a Floresta Amazônica e as condições atmosféricas e climáticas. O programa recebe financiamento de agências brasileiras de fomento, da NASA e da Comissão Européia e envolve pesquisadores de várias partes do mundo.

A Embrapa Monitoramento por Satélite tem participado do LBA através da atuação do pesquisador Mateus Batistella, que é membro do comitê científico do programa. Em janeiro, Batistella participou em Maryland, EUA, de um encontro executivo dos principais pesquisadores financiados pelo programa de uso e cobertura das terras, da Nasa. Na ocasião, o pesquisador contribuiu para a elaboração de um projeto conjunto com a Indiana University, submetido à National Science Foundantion (NSF).

A atuação da Embrapa Monitoramento por Satélite no LBA está vinculada aos componentes de uso e cobertura das terras e dimensões humanas na Amazônia. A Unidade coordena, em parceria com a Indiana University – ACT, o projeto Dimensões Físicas e Humanas do Uso e Cobertura das Terras na Amazônia: Uma Síntese Multi-Escalar. De acordo com o pesquisador, Mateus Batistella, a pesquisa abrange sete áreas de estudo e faz uma análise transversal sobre as dimensões sociais e biofísicas das transformações da paisagem amazônica. São enfatizadas áreas de assentamento rural, devido a sua relevância social e a seus impactos sobre o uso e cobertura das terras.

O estudo inclui a análise de amostras de solo, a avaliação da vegetação, os históricos de uso das terras, as classificações multitemporais de imagens de satélites, a demografia de domicílios rurais e as análises institucionais. "Os resultados vão fornecer subsídios práticos aos tomadores de decisão nas áreas do planejamento e desenvolvimento, tanto na esfera pública como privada", ressalta Batistella. Em particular, estudos comparativos dessa natureza têm aplicação direta nas políticas de reforma agrária, desenvolvimento regional e conservação.