Imagem de satélite da fronteira do Paraguai com o Estado do Mato Grosso do Sul
Sistema de Gestão Territorial vai apoiar o controle e a prevenção da
aftosa na fronteira brasileira
A Embrapa Monitoramento por Satélite (Campinas-SP) e a Secretaria de Defesa Agropecuária, do Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento, estão estruturando um Sistema de Gestão Territorial da Faixa de Fronteira do Brasil para apoiar as ações do Ministério na prevenção, controle e monitoramento de riscos sanitários vegetais e animais, com ênfase no caso da febre aftosa. A área abrangida compreende a fronteira com o Paraguai, Bolívia, Peru e Argentina, incluída na última semana após a descoberta de um novo foco de aftosa.
Com o sistema será mapeado, com base em imagens de satélite, tudo o que ocorre dentro de 25 km de cada lado da fronteira, como por exemplo as pastagens, as propriedades, as estradas e as passagens de gado. Cada prefeitura localizada na faixa de fronteira vai receber um pacote de informações sobre seu município, favorecendo a articulação local entre municípios e produtores. Um segundo módulo será entregue aos governos estaduais, que poderão enriquecer o sistema com dados das secretarias estaduais de agricultura. Brasil e Paraguai já firmaram entendimento para a implementação do sistema e farão o cadastramento das propriedades criadoras de gado bovino e um inventário dos rebanhos localizados num raio de 25 km de ambos os lados da fronteira. O entendimento prevê ainda uma homogeneização dos procedimentos e critérios dos dois países na fiscalização, prevenção e controle da febre aftosa.
"O sistema vai funcionar como
apoio à tomada de decisão, fornecendo subsídios para a Secretaria de
Defesa Agropecuária tomar iniciativas em momentos de crise e também
planejar ações preventivas", explica o Chefe-Geral da Embrapa
Monitoramento por Satélite, Evaristo de Miranda. Uma ampla base de
dados da região integrará o sistema, que estará disponível em ambiente
de Internet, de fácil acesso e utilização.