O projeto GeoDegrade, que pretende identificar e monitorar os processos de degradação das pastagens por meio de geotecnologias, realizou nos dias 2 e 3 de junho seu primeiro workshop. Liderado pela Embrapa Monitoramento por Satélite (Campinas-SP), o estudo vai abranger áreas de pastagens nos biomas Amazônia, Cerrado e Mata Atlântica. De acordo com a pesquisadora Sandra Furlan Nogueira, que coordena o projeto, como a pecuária brasileira é desenvolvida predominantemente a pasto, a degradação das pastagens tem sido um grande entrave para o setor, causando prejuízos econômicos e ambientais.

O uso de geotecnologias representa uma importante estratégia principalmente por tratar-se da aplicação em áreas grandes e de difícil acesso. A identificação e o monitoramento dos níveis de degradação de pastagens de maneira ampla e precisa deve contribuir para subsidiar a elaboração de políticas públicas e tomadas de decisão para o setor. “Além de contribuir para a produtividade, a recuperação dessas áreas degradadas pode favorecer o aumento da produção sem a necessidade de expandir as áreas de pastagem”, completa a coordenadora.

O evento reuniu representantes de seis outras Unidades da Embrapa, além do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), Instituto de Zootecnia e Museu Paraense Emílio Goeldi. Durante o workshop, foram discutidos indicadores espacialmente explícitos para os três biomas, potenciais áreas amostrais, integração de dados e modelos para mapeamentos.

Além da Embrapa Monitoramento por Satélite, o projeto tem a participação da Embrapa Amazônia Oriental, Embrapa Cerrados, Embrapa Gado de Corte, Embrapa Informática Agropecuária, Embrapa Pecuária Sudeste, Embrapa Roraima e ainda do Centro de Cooperação Internacional em Pesquisa Agronômica para o Desenvolvimento (Cirad), da França, Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), Museu Paraense Emílio Goeldi e Inpe.

Mais informações sobre o projeto podem ser encontradas no website: www.cnpm.embrapa.br/projetos/geodegrade.

Evento discutiu indicadores espacialmente explícitos para os três biomas e potenciais áreas amostrais

Projeto GeoDegrade tem a participação de sete Unidades da Embrapa e outras quatro instituições

 

Fotos: Embrapa