Equipe do projeto AgSpec esteve em Londrina (PR), entre os dias 3 e 5 de outubro, realizando levantamentos em áreas de soja. O projeto prevê a utilização de técnicas e sensores de última geração para o mapeamento da agricultura, considerando, por exemplo, propriedades do solo e a identificação de variedades de soja, pragas e doenças. A proposta do projeto é integrar técnicas de espectroscopia de reflectância com dados de diferentes satélites imageadores, aerotransportados e orbitais. A expectativa é aprimorar métodos de fácil operação, adaptados ao contexto brasileiro e com aplicação direta no mapeamento de grandes áreas.

Entre os objetivos do projeto está a montagem de bibliotecas espectrais de solo, soja e alvos estratégicos da agricultura tropical. Os trabalhos de campo foram realizados em áreas experimentais da Embrapa Soja, onde estão implementados diversos experimentos e cultivares em espaço controlado. A equipe fez a coleta de amostras de solo em áreas manejadas para o plantio de soja comum e também de soja transgênica. Foram feitos levantamentos em diferentes profundidades para testes de carbono, fertilidade, nitrogênio, mineralogia, entre outros.

Segundo o coordenador do projeto, o pesquisador Luiz Eduardo Vicente, as amostras foram coletadas com precisão centimétrica graças ao auxílio do GPS geodésico e serão espacializadas por geoestatística. “Os resultados das análises em laboratório serão posteriormente associados a dados espectrorradiométricos e imagens de satélite”, explica. Em novembro, serão realizados levantamentos com equipamentos de sensoriamento remoto em áreas de soja plantada. Os trabalhos seguintes pretendem acompanhar diferentes fases de desenvolvimento da soja, que terá sua produtividade medida ponto a ponto.

De acordo com Vicente, essa tecnologia tem impacto fundamental na redução de custos de pesquisa e produção agrícola. “A identificação de variedades de plantas e da condição fitossanitária dos cultivos vai favorecer, por exemplo, a avaliação dos custos econômicos e ambientais referentes ao uso de defensivos e a correções do solo visando o aumento da produtividade”, ressalta.

Para saber mais sobre o projeto AgSpec, acesse:

www.cnpm.embrapa.br/projetos/agspec.