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ResumoA Embrapa Monitoramento por Satélite concluiu uma nova série de imagens do Brasil visto do espaço, agora com detalhes do relevo e da topografia. Com isso, o país passa a ter dados altimétricos precisos de todo seu território, incluindo os acidentes geográficos mais inacessíveis, onde nunca foi possível medir as altitudes manualmente. Estes produtos foram gerados a partir de dados de radar, obtidos de sensores a bordo do ônibus espacial Endeavour, no projeto SRTM (em inglês, Shuttle Radar Topography Mission), uma parceria das agências espaciais dos Estados Unidos (NASA e NIMA), Alemanha (DLR) e Itália (ASI). Os dados espaciais são compatíveis com a primeira série Brasil visto do espaço, feita com imagens do satélite Landsat 7 de 2000/2001, disponível desde 2001 para consultas gratuitas via Internet. Os pesquisadores da Embrapa Monitoramento por Satélite baixaram os dados brutos do SRTM do site da NASA e fizeram um cuidadoso trabalho de correção e padronização, eliminando falhas, sombras e distorções. O resultado aqui disponibilizado é uma série de mapas em que cada pontinho (pixel) tem um valor altimétrico real, visualmente convertido em falsas cores, simbolizando as diversas altitudes. Isso pode ser observado no exemplo abaixo, referente a região de Caldas Novas em Goiás.
Figura 1: Zoom em Goiás
Sobre esses mapas é possível montar animações em 3 dimensões e fazer viagens virtuais pelo território brasileiro, observando o relevo em proporções reais. Os internautas poderão percorrer alguns desses roteiros, como o da região de Iperó, no interior de São Paulo, onde há uma elevação de 700 metros, isolada em meio a um lugar plano. Em outro exemplo, é possível sobrevoar a Serra do Corumbataí, o encontro do Rio Piracicaba com o Rio Tietê, a Represa do Broa, a região de São João da Boa Vista no Estado de São Paulo, com direito a uma visualização em 3D do restos da antiga cratera do vulcão de Poços de Caldas em Minas Gerais.
Figura 2: Visualização em 3 Dimensões
Os dados numéricos originais estão disponíveis para download no site, mas sua utilização exige o emprego de softwares de geoprocessamento. Eles podem ser usados no setor agrícola para a correção e ajuste de curvas de nível, no planejamento de estradas e na eletrificação rural, no cálculo de rotas mais econômicas, no manejo de bacias hidrográficas e em projetos de melhoria da infraestrutura rural.
Histórico
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