Conhecer a repartição territorial do valor da produção agropecuária e sua concentração é de grande interesse e aplicação para todo o setor produtivo e de fomento. Contudo, dada a constante evolução temporal e territorial da agricultura brasileira, conhecer o valor da produção agropecuária como um todo é um desafio para as políticas públicas e os investimentos privados.

Em termos espaciais, a geração de mapas com essas informações dá uma excelente indicação da concentração, em termos de valor e de repartição territorial, da riqueza produzida pela agropecuária. A disponibilidade dessa informação, de forma circunstanciada em bases territoriais, fornece indicações para os fornecedores de insumos de onde localizar centros de distribuição e logística; indica para os bancos e o sistema financeiro, por exemplo, as regiões com potencial de expansão de negócios e investimentos; e também permite, na busca de eficiência do setor público, avaliar a pertinência territorial da rede de fomento, fiscalização e certificação do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento com relação a repartição territorial da atividade agropecuária.

Contudo, a unificação dessas informações não é simples de ser executada. No cômputo da riqueza da produção agrícola de uma região não se podem juntar toneladas de cebola, com caixas de manga ou litros de leite. A única forma de totalização está em sua conversão em valor, em reais, através da precificação. Em que pese seu interesse, essa informação não estava suficientemente organizada, sistematizada e disponibilizada para o uso dos agentes do agronegócio, da agricultura familiar, da pesquisa agropecuária, da extensão rural e das instituições públicas e privadas envolvidas com a agricultura brasileira.