Na primeira etapa, a pesquisa analisou, com base em dados anuais do IBGE, mais de uma centena de cadeias produtivas, vegetal e animal, em todo o país. O número de produtos vegetais e animais analisados variou de 27 no caso do estado de Roraima a 82 na Bahia. Em média foram estudadas 58 cadeias produtivas em cada Estado da Federação. Na segunda etapa do trabalho foi realizada a valoração ou precificação em reais da produção pecuária. Os preços atribuídos seguiram uma serie de critérios e indicadores técnicos e econômicos nacionais e regionais para ajustes. As taxas de desfrute foram definidas para as diversas cadeias de produção animal.
Dadas as flutuações anuais na produção e produtividade (clima, preços e outros fatores), os pesquisadores calcularam a produção agropecuária (em R$ 1.000), com base em médias trienais (2006 a 2008). Isso atenua efeitos de variações anuais e gera valores mais representativos. Para cada estado, foi calculada a contribuição de cada cadeia produtiva na composição do valor total da produção agropecuária. Mais do que os valores absolutos obtidos, sujeitos a diversas variações temporais, o relevante é observar as proporções, os valores relativos entre cadeias produtivas e microrregiões.
Nesse caso, o procedimento metodológico1 buscou apresentar o conjunto de produtos que somam, pelo menos, 75% do valor da produção em cada estado da federação. Em cada estado, os produtos que tiveram um valor médio positivo foram ordenados em forma decrescente desse valor e agrupados segundo a metodologia dos quartéis: no quartel 4 estão todos os produtos suficientes para reunir, ao menos, 25% do valor da produção; no quartel 3, seguem os produtos até que seja atingido 50% do valor; no quartel 2, os produtos seguintes até reunir 75% e; no quartel 1, seguem os demais produtos para que se atinja 100% do valor da produção.
O conjunto dos quarteis 4, 3 e 2 forma o grupo 75 (ou G75) do valor da produção, ou seja, a lista de produtos que juntos são responsáveis por, pelo menos, 75% de todo o valor de produção do estado.
A concentração da produção também foi abordada em níveis territoriais. Os bancos de dados numéricos estruturados na Embrapa serviram à elaboração, para cada Estado, de mapas com a repartição do valor total da produção agropecuária por microrregião e sua concentração territorial, identificando-se a parcela devida à produção vegetal e animal (Censo Agropecuário de 2006). Mais uma vez destaca-se que o resultado mais relevante é o posicionamento relativo da contribuição de cada cadeia produtiva ou microrregião por estado e região, e as repartições cartográficas decorrentes.
Para cada estado ordenou-se as microrregiões em ordem decrescente do valor total da produção (R$ 1.000). As microrregiões foram agrupadas seguindo a mesma metodologia dos quartéis para que, ao final, fosse possível indicar quais microrregiões compõem o G75 do valor da produção. Estas informações estão disponíveis em formato de tabelas (com indicação da participação da produção animal e vegetal no valor total) e no formato de mapas (indicação dos quartéis).
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