Uma equipe de técnicos do NMA esteve no mês passado, em Rondônia, para dar continuidade a um estudo iniciado há dez anos no Projeto de Colonização Agrícola em Machadinho d'Oeste. Esse estudo monitora as condições em que vivem os colonos lá instalados, caracterizando os sistemas de produção agropecuária com o melhor desempenho econômico e ambiental. Para isso, o NMA conta com um financiamento por parte do IDRC - International Development Research Centre do Canadá, no valor de US$ 63.000.
Os resultados desta última viagem mostram que nas propriedades visitadas, as quais têm em média 65 ha, o panorama da ocupação das terras é o seguinte: 17 ha são utilizados para culturas anuais e perenes; 12 ha com pastagem e 4 ha são ocupados com capoeira.
A maior fonte de renda destes produtores são as culturas perenes, principalmente o café, que tem uma produtividade de 1.446 kg/ha, ocupando 9 ha, seguido pelo cacau com 2 ha e pela seringueira com 4 ha. Essas culturas visam a renda do produtor e a pecuária funciona como uma capitalização, praticada por 67% dos produtores com uma média de 17 cabeças por propriedade. A liquidez é certa e o preço compensa, além de exigir menos mão-de-obra, se comparada com as culturas perenes.
No bimestre maio/junho deste ano o lucro médio do produtor foi de Cr$ 10 milhões mensais (uma média de 3 salários mínimos), mas alguns destes agricultores tiraram até Cr$ 20 milhões por mês. Considerando a região e as condições em que esses agricultores chegaram a Machadinho e comparando aos anos anteriores em que a equipe esteve lá, a qualidade de vida melhorou muito, não apenas devido ao desenvolvimento agronômico e à capitalização dos agricultores, mas também à diminuição da incidência de doenças, como a malária.
Em Campinas/SP, um estudo desenvolvido pelo NMA sobre a sustentabilidade da agricultura, na região, fez emergir um lado negro da situação dos produtores. O problema não está em nenhuma praga, ou falta de recursos para custear o plantio, nos juros dos financiamentos, nos preços mínimos de comercialização ou outro problema qualquer, comum à agricultura. É que o produtor prepara a terra, planta, irriga, protege contra as pragas da cultura, mas na hora de colher, quem aparece na calada da noite são grupos organizados de uma nova modalidade de ladrões : os "assaltantes do campo".
A queixa é comum entre os produtores, que foram entrevistados para dar suporte ao trabalho de pesquisa sobre a sustentabilidade da agricultura, no entorno de Campinas. Os assaltantes estão levando tudo o que se planta, afirmam os produtores. Uma das explicações para estes assaltos é a expansão urbana em direção ao campo, que ocorre há alguns anos no município, além da construção de estradas vicinais para escoamento da produção, que tem facilitado o acesso dos ladrões às propriedades.
Diante deste quadro, os produtores mais persistentes, tentam de todas as maneiras proteger suas lavouras e seus rebanhos, também alvos dos assaltantes. Alguns evitam deixar o rebanho afastado da casa, para evitar o roubo, contratam seguranças para percorrer os pastos, montam torres de observação no meio das culturas, substituem os produtos de fácil comercialização como o milho, batata, tomate e frutas por arroz de sequeiro e café, que precisam de beneficiamento e não necessitam irrigação, pois o material para este fim também tem sido levado pelos ladrões.
O resultado da insegurança gerada no campo é a redução da área agrícola, uma vez que muitos produtores preferem abandonar suas lavouras e entregar-se à especulação imobiliária, lucro garantido nesta cidade que cresce sem parar. Se continuar desta maneira não é difícil concluir que a agricultura na região é insustentável!
No mês passado, o NMA fez um estudo de impacto ambiental para as alternativas de prolongamento da Rodovia Bandeirantes, no trecho que corta a região de Campinas/SP, atendendo solicitação do Prefeito Magalhães Teixeira. Agora, as prefeituras dos municípios que também serão afetados pelo prolongamento da estrada, até a cidade de Limeira, estão interessadas no estudo do impacto ambiental que as opções para a construção da rodovia podem provocar em seus municípios.
O NMA já encaminhou para estas prefeituras uma proposta com os termos de referência para o EIA/RIMA, incluindo uma versão preliminar sobre cada um dos traçados propostos pela DERSA, para a continuação da rodovia. A preocupação com o meio ambiente, por parte da prefeitura de Campinas, foi um bom exemplo seguido.
O ERS-1 satélite radar chega para acabar com um antigo problema que os pesquisadores da área ambiental esbarravam ao analisar, através de imagens de satélite, algumas regiões encobertas por nuvens, como é o caso dos mangues do Amapá e as regiões montanhosas da fronteira norte da Amazônia.
O satélite, de fabricação européia, tem a vantagem sobre os outros satélites de monitoramento ambiental, utilizados até agora, porque funciona como os radares. Ele tem sensores que enviam microondas à terra e medem a resposta de volta ao satélite. Está em órbita semipolar a 785 km de altura e "varre" uma faixa de 100 km, cada vez que dá a volta à terra. Colocado em órbita em 1991, só no mês passado o Brasil assinou os documentos necessários para a utilização das imagens do ERS-1.
O NMA recebeu imagens experimentais do Instituto de Pesquisas Espaciais/INPE, da região de Petrolina/PE e da Chapada do Araripe,na divisa dos Estados de Pernambuco e Ceará. O chefe técnico do NMA, o geólogo Luiz Eduardo Mantovani acrescenta, às vantagens do satélite, a capacidade de identificar algumas variações na superfície da água e estruturas geológicas pouco visíveis a outros satélites, além de reproduzir com clareza formações de relevo conhecidas como nariz de dobra, onde a água se acumula, tornando-se um importante instrumento para detectar água subterrânea no Nordeste.
Seguindo o programa de reformulação que a EMBRAPA está implantando, o SEP - Sistema EMBRAPA de Planejamento- o NMA cria o Comitê Técnico Interno - CTI/NMA.
O Comitê tem como funções básicas analisar anteprojetos da unidade priorizando-as segundo os objetivos dos seus programas e das demandas da clientela. Além disso, deve analisar técnica e orçamentariamente os projetos da unidade com seus subprojetos, assessorando na elaboração e acompanhamento do Plano Anual de Trabalho - PAT - e na execução dos projetos e anteprojetos.
Para desenvolver este trabalho a equipe do CTI/NMA será composta por Cristina de Oliveira Mattos, Carlos Alberto de Mattos Scaramuzza, Mateus Batistella, Luiz Eduardo Mantovani e Eduardo Caputi.
Imprensa Televisionada | 13 |
---|---|
Bandeirantes | 4 |
Cultura | 3 |
Globo-EPTV | 5 |
SBT-TV Diário do Povo | 1 |
Imprensa Radiofônica | 11 |
Bandeirantes | 1 |
Cultura | 4 |
USP | 4 |
BBC-Rádio 4 | 1 |
Telesistema-Canal 4 | 1 |
Imprensa Escrita | 59 |
Foram 83 reportagens durante o primeiro semestre de 1993, divulgadas
através de 28 veículos de comunicação!
Tiragem : 400 exemplares
Av. Dr. Júlio Soares de Arruda, 803
Cep 13088-300, Campinas/SP - BRASIL
C.P. 491 - CEP 13001-970
e-mail: postmaster@cnpm.embrapa.ansp.br
Tel: (0192) 52-5977 - Fax: (01192) 54-1100
Telex: 197686 EBPA BR