Boletim Informativo da Embrapa Monitoramento por Satélite
VIA SATÉLITE
Amazônia no National Press Club |
Unidade comemora o Dia da Árvore |
Antes do combate, a prevenção |
Expediente |
No final de setembro, o Dr. Evaristo Eduardo de Miranda, pesquisador da Embrapa Monitoramento por Satélite e membro da diretoria do Instituto Ciência e Fé, esteve em Washington D.C. (EUA) proferindo palestra, a convite, no National Press Club.
Sob o título "Rain Forests - Myths & Facts", o pesquisador apresentou uma visão atualizada das florestas tropicais, com ênfase no caso brasileiro, a partir de estudos realizados com imagens de satélite. A real dimensão do desmatamento, das queimadas, do potencial produtivo e dos impactos no uso das terras pela agricultura foram apresentados e discutidos com um público que reuniu editorialistas, representantes de organismos internacionais, órgãos de financiamento, pesquisadores, ambientalistas e políticos.
O Dr.Evaristo E. de Miranda também foi convidado para uma apresentação análoga num almoço promovido pelo Free Congress Foundation, presidido por Mr. Paul M. Weyrich, fundador da Heritage Fundation.
Além disso, o pesquisador encontrou-se no Capitólio com o Senador Bob Smith, Presidente da Comissão de Meio Ambiente do Senado e sua equipe. Dentre as autoridades que participaram das apresentações do pesquisador, destacaram-se entre outros: U.S. Senator Jim Inhofe (R-OK); Frank Gaffney, Diretor do Center for Security Policy; Mark Green, Editorial Writer do The Daily Oklahoman; Paul M. Weyrich, Presidente do The Free Congress Foundation; Morton Blackwell Presidente do The Leadership Institute; Doug Burton do Insight Magazine; John Gizzi, Political Editor do Human Events Magazine; Kevin L. Kearns, Presidente do U.S. Business and Industrial Council; Jeffrey B. Gayner, Visiting Fellow do Capital Research Center; Jean François Orsini, Presidente do The Saint Antoninus Institute; Alex Parlini da Embaixada do Brasil e o Professor Edward Sheridan, da Georgetown University Medical.
O segundo mito apresenta a Amazônia como uma floresta intacta, o pulmão do mundo. A produção de oxigênio da Amazônia equivale ao seu consumo. Os oceanos são os verdadeiros pulmões do planeta. E a floresta não é tão original: com 14 mil anos já variou muito de extensão e lugar, em função de climas mais secos, úmidos, frios ou quentes ao longo do Quaternário. Os índios mudaram muito a vegetação, em particular, ampliando a área dos cerrados pelo uso constante do fogo, por exemplo.
O terceiro mito considera a Amazônia despovoada, um território praticamente vazio. Hoje vivem mais de 20 milhões de pessoas na Amazônia, sendo 65% nas cidades. O PIB da região cresce mais que a média do país e ali encontra-se a maior taxa de urbanização da nação. Imagens de satélite mostram a presença humana em toda a região, com um crescimento sem precedentes das vilas e cidades que já constituem mais de 1000 núcleos urbanos.
O quarto mito apregoa a necessidade de mais leis para preservar a Amazônia. Ora, cerca de 1/3 da região está protegida sob o estatuto de parques nacionais e estaduais, estações ecológicas, florestas nacionais, áreas de preservação permanente, reservas extrativistas, territórios indígenas etc. Na região, um agricultor só pode usar 20% de suas terras, o resto devendo ficar preservado. Falta é cumprimento da lei e leis compatíveis com a dinâmica local.
O último mito analisado pelo Dr. Evaristo E. de Miranda, foi aquele que anuncia o desaparecimento eminente da floresta pelo desmatamento. Imagens de satélite mostram que, do século XVI até hoje, 14% da floresta foi desmatada. Mantido o ritmo atual seriam necessários dois séculos para eliminar a floresta. A área desmatada é bem menor do que apregoa-se, sobretudo no exterior, mas maior do que o necessário e desejado.O grande desafio na Amazônia continua sendo o ordenamento territorial, cuja primeira etapa é o tão esperado zoneamento ecológico-econômico.
O dia 21 de setembro, mais conhecido como o Dia da Árvore, foi comemorado pela Unidade com o plantio de mudas nativas.
Este ano, os participantes do plantio das 500 mudas nativas, doadas pela Champion Papel e Celulose, em parceria com a Unidade, foram alunos da Escola Municipal de Ensino Fundamental Adélia Caleffi Gerbi, do município de Estiva Gerbi/ SP.
O evento reuniu cerca de 950 crianças, divididas nos períodos manhã e tarde, que plantaram as mudas na Reserva Florestal Taguá.
As crianças assistiram palestras proferidas pelo Corpo de Bombeiros, pela Polícia Florestal e de Mananciais, pelo Chefe da Unidade Dr.José Roberto Miranda e pela bióloga Giselda Person.
A Polícia Florestal e o Corpo de Bombeiros discutiram sobre o trabalho de prevenção e controle do fogo nas matas, alertando sobre os cuidados que devem ser tomados em relação aos incêndios florestais, e também da séria questão da caça e pesca ilegais.
Dr. José Roberto Miranda explicou às crianças a importância do trabalho da Embrapa Monitoramento por Satélite, baseado na análise de imagens de satélite e mapas. Ressaltou a necessidade de preservação dos remanescentes florestais para a sobrevivência da fauna ainda existente nestes hábitats.
Além do plantio, os alunos irão desenvolver um importante trabalho na Reserva, fixando as placas com os nomes das espécies, cuidando da limpeza da área e monitorando o crescimento das árvores plantadas.
O objetivo do plantio foi sensibilizar alunos, professores e a comunidade em geral sobre a importância da preservação do ambiente, assim como ampliar a mata ciliar da Reserva Florestal Taguá.
Preocupada com a preservação das matas nativas e matas ciliares, todos os anos, a Embrapa Monitoramento por Satélite desenvolve eventos em comemoração ao Dia da Árvore e à Primavera.
O incêndio, a maior ameaça das matas e objeto de preocupação constante de órgãos relacionados ao meio ambiente, prejudica a vegetação e fauna existentes nas áreas atingidas pelo fogo.
Com o objetivo de proteger os remanescentes florestais, através da prevenção de incêndios e do aumento da eficiência do combate ao fogo, uma ação conjunta da Embrapa Monitoramento por Satélite, Prefeitura Municipal de Vinhedo, do Corpo de Bombeiros, da Guarda Municipal e da Polícia Florestal e de Mananciais iniciou este ano no município de Vinhedo o Plano de Prevenção de Incêndios das Matas, além de dar continuidade em Campinas.
Visando a prevenção de incêndios florestais nas matas existentes no município de Vinhedo, o projeto, iniciado em 1995 no município de Campinas, faz parte da Operação Mata Fogo, coordenada pelo Corpo de Bombeiros do Estado de São Paulo.
Este ano, o projeto teve início na Mata do Observatório da USP, localizada na divisa de Valinhos e Vinhedo.
Um trabalho de orientação também é realizado com os proprietários das áreas vizinhas das matas, através de folders com informações de prevenção aos incêndios e telefones de todos órgãos participantes para casos de incêndios nas matas.
Toda equipe possui uma pasta com mapas, croquis, fotos dos pontos críticos, informações dos proprietários e das matas. Através dessa iniciativa, constatou-se em Campinas uma significativa queda dos focos, além de uma ação mais ágil ao combate dos incêndios e uma maior integração dos proprietários com a equipe da Operação Mata Fogo.
Ministério da Agricultura e do Abastecimento
Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária
Centro Nacional de Pesquisa de Monitoramento por Satélite - CNPM
Chefe Geral: José Roberto Miranda
Chefe Adjunto P&D: Ivo Pierozzi Jr.
Chefe Adjunto de Administração: Luiz Gonzaga A. de Souza
Supervisão de Pesquisa: Alexandre C. Coutinho
Responsável pela ACN: Evaristo Eduardo de Miranda
Revisão: Evaristo Eduardo de Miranda e Ivo Pierozzi Jr.
Edição: Fabiana C. Andrade e Renata T. Meneghetti
Redação: Fabiana C. Andrade
Editoração Eletrônica e Diagramação: Fabiana C. Andrade
Endereço: Av. Dr. Júlio Soares de Arruda, 803, Pq. São Quirino, CEP 13088-300, Campinas, SP, Brasil
Tel: (19) 3252.5977
Tiragem: 1000 exemplares
Distribuição pela Internet: 3000 exemplares
e-mail: sac@cnpm.embrapa.br