Embrapa
e Inpe concluem projeto para qualificação dos dados de
desmatamento
A Embrapa e o Instituto Nacional
de Pesquisas Espaciais (Inpe) se reuniram em São José dos
Campos (SP), no dia 28 de novembro, para articular o projeto em rede
sobre qualificação dos dados de desmatamento na
Amazônia Legal. O principal objetivo é caracterizar o uso
das terras em áreas desmatadas, identificadas pelo Prodes -
Programa de Cálculo do Desflorestamento da Amazônia-,
metodologia desenvolvida pelo Inpe.
O projeto tem a liderança da Embrapa Monitoramento por
Satélite e envolve os seguintes centros de pesquisa: Embrapa
Amazônia Oriental, Embrapa Acre, Embrapa Roraima, Embrapa
Cerrados, Embrapa Solos, Embrapa Informática Agropecuária
e Embrapa Meio Ambiente. O Departamento de Pesquisa e Desenvolvimento da
Embrapa também atuou na articulação do projeto.
A proposta conjunta deverá ser submetida para
avaliação das diretorias da Embrapa e do Inpe e
terá financiamento a partir de recursos do Programa de
Fortalecimento e Crescimento da Embrapa (PAC Embrapa) com contrapartida
do Inpe. O projeto apresenta objetivos específicos. São
eles: identificar os processos indutores de desmatamento da
Amazônia Legal, definir e implementar procedimentos para
caracterizar o uso e cobertura das terras em áreas desmatadas da
Amazônia Legal e desenvolver sistema de informações
do uso e cobertura das terras em áreas desmatadas da
Amazônia Legal. Esses objetivos serão alcançados por
meio das atividades de pesquisas desenvolvidas em quatro planos de
ação que constituem o projeto em rede. A previsão
é que a proposta seja encaminhada para a Embrapa e Inpe
até o final do ano.
O pesquisador e chefe da área de pesquisa e desenvolvimento da
Embrapa Monitoramento por Satélite, Alexandre Camargo Coutinho,
explica que a idéia do projeto é contextualizar o dado de
desmatamento e tentar responder diversas questões relacionadas ao
tema, como identificar as atividades responsáveis pelo
desmatamento das áreas. "Se hoje, com as
divulgações de dados do INPE, já é
possível saber quanto e onde há desmatamento, com a
proposta de colaboração pretendemos abordar um novo
desafio: quais são as atividades responsáveis pelo
desmatamento", afirma Coutinho.
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