Os integrantes do projeto OTAG - Gestão Operacional e Protótipo de Geodecisão para Rastrear a Produção Agropecuária realizaram um workshop em Campo Grande, MS, entre 22 e 26 de junho, para analisar a operacionalidade do protótipo, instalado experimentalmente na fazenda da Embrapa. O projeto de georrastreabilidade é financiado pela União Européia e considera o atendimento a exigências do mercado importador de carne bovina quanto à qualidade e segurança.

Durante o workshop foram discutidas as limitações do protótipo e as melhorias que serão implementadas até o fim do projeto, em dezembro, como na parte de protocolos de comunicação de dados, eficiência energética dos equipamentos e finalização dos sistemas de informação. Em março deste ano, foram instalados colares com receptores de posicionamento (GPS) nos animais e foi testada a comunicação com uma estação base para o acompanhamento da mobilidade animal. Os dados coletados foram utilizados para alimentar uma plataforma que inclui planos de informação geoespacial e variáveis relacionadas ao comportamento animal.

O pesquisador da Embrapa Monitoramento por Satélite, Mateus Batistella, coordena a participação da Embrapa no projeto, que envolve ainda as unidades Embrapa Gado de Corte e Embrapa Informática Agropecuária. Segundo Batistella, o projeto deve lançar bases para o futuro da pesquisa e aplicação de georrastreabilidade na cadeia de carne bovina. Além da Embrapa, o projeto OTAG tem a participação do Cemagref, o centro francês de pesquisa aplicada na área de engenharia, agricultura e meio ambiente, da Universidade Laval, do Canadá, do Centro de Cooperação Internacional em Pesquisa Agronômica para o Desenvolvimento - CIRAD, da França, e do Programa Cooperativo para Desenvolvimento Tecnológico Agropecuário do Cone Sul - Procisur, que inclui instituições de pesquisa da Argentina, Bolívia, Brasil, Chile, Paraguai e Uruguai.

Em setembro, uma última reunião do projeto deverá acontecer na Argentina, onde será discutida a continuidade da colaboração multiinstitucional no âmbito de um novo projeto com perspectiva mais ampla, integrando aspectos ambientais, sócio-econômicos e de boas práticas na produção de carne bovina, além de utilizar o protótipo OTAG e outras ferramentas auxiliares.