A
Embrapa Monitoramento por Satélite promoveu em Campinas (SP), no
dia 2 de
setembro, o primeiro workshop do Projeto GeoAtlas - Geotecnologias como
apoio à
elaboração de material didático para o ensino
fundamental. Visando a elaboração
de um Atlas Ambiental Escolar da Região Metropolitana de
Campinas, o Projeto
GeoAtlas vai atuar de forma interdisciplinar, envolvendo pesquisadores
e professores
da rede municipal. O workshop, fechado para convidados, reuniu um
público de
cerca de 80 participantes, entre professores da rede de ensino de
Campinas,
representantes da Embrapa, da Prefeitura Municipal e especialistas da
área de
educação, geografia e geociências da USP, Unicamp,
Unesp, Universidade Federal
Fluminense e do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE).
Com
duração até 2012, ao longo do projeto os
professores que lecionam de 5ª à 8ª
séries participarão de cursos e oficinas de
capacitação sobre o uso das
geotecnologias como ferramentas aplicadas ao ensino fundamental. O foco
é
trabalhar os dados sobre as atividades agropecuárias e suas
relações com o meio
ambiente, a economia e a sociedade na região.
Quatro
escolas municipais de ensino fundamental de Campinas
foram convidadas a participar, além dos integrantes
dos grupos de formação em ciências, geografia e
história que já atuam no Centro
de Formação, Tecnologia e Pesquisa Educacional Professor
Milton de Almeida
Santos - CEFORTEPE. Para a coordenadora do projeto e pesquisadora da
Embrapa
Monitoramento por Satélite, Cristina Criscuolo, a
aproximação entre os centros
de pesquisa locais e os educadores pode contribuir para levar o
resultado das
pesquisas para a sala de aula. “Mais do que isso, podemos fornecer
bases para
transformar a escola num ambiente capaz também de produzir
conhecimentos e não
apenas reproduzi-lo”, completa.
O
interesse do projeto em difundir e valorizar as atividades
agropecuárias se
deve pelo fato dos habitantes de grandes cidades, como Campinas, muitas
vezes
crescerem sem notar a importância que elas desempenham em suas
vidas,
considerando que o setor agropecuário não se resume
apenas ao campo e a um
produto em si, mas a toda uma cadeia produtiva.
Geotecnologias na escola
Geotecnologias
são ferramentas de apoio à pesquisa, baseadas no uso de
produtos de
sensoriamento remoto e programas computacionais, para
produção de informação
com referência espacial, como mapas, gráficos, tabelas,
entre outros. A pesquisadora
Cristina Criscuolo lembra que as geotecnologias, como o sensoriamento
remoto e
as imagens de satélite, têm potencialidades ainda
não muito exploradas em sala
de aula. “Elas podem contribuir na produção de materiais
didáticos
personalizados, capazes de tornar as aulas mais atraentes e produtivas,
inserindo a visão espacial do ambiente”, explica.
A
idéia do projeto é fomentar a observação e
a análise a partir de uma escala
local, abordando temas relacionados ao bairro, ao município ou a
região mais próxima
onde o adolescente estuda ou habita, despertando o interesse no
conhecimento de
seu ambiente. Criscuolo ressalta que são justamente as
informações de
caráter local e regional que, em geral, não estão
presentes no conteúdo dos
livros didáticos utilizados nas escolas. “Essa visão
é fundamental na formação
do indivíduo e do cidadão, pois é no seu
espaço mais próximo que as relações
mundiais se materializam e podem ser compreendidas e transformadas”.
Em
breve, o Projeto GeoAtlas lançará na internet o website
que funcionará para
integração dos participantes do projeto e será um
dos principais canais de
comunicação da equipe. Ele servirá não
só para divulgação do projeto, mas como
uma ferramenta interativa de trabalho do grupo. Por enquanto, quem
tiver interesse
em conhecer mais sobre o projeto pode enviar mensagens para o
Serviço de Atendimento ao Cidadão: http://www.cnpm.embrapa.br/fale/sac.php .
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Foco
será trabalhar dados agropecuários |
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Evento
reuniu cerca de 80 participantes |