As equipes dos projetos GPAF e PI Morango, liderados pelos pesquisadores Ivan André Alvarez da Embrapa Monitoramento por Satélite (Campinas, SP), e Fagoni Fayer Calegario da Embrapa Meio Ambiente (Jaguariúna, SP), vão unir esforços para apoiar produtores rurais do Estado de São Paulo, localizados em municípios que são áreas de atuação das duas pesquisas. O projeto "Geotecnologias para incrementar a competitividade e sustentabilidade da agricultura familiar no Circuito das Frutas do Estado de São Paulo" (GPAF) busca formas de incentivo à permanência dos agricultores mais jovens no ambiente rural. Para isso, o contato com os produtores é peça fundamental, entende Alvarez. Nos encontros já realizados até o momento, a criação de uma marca coletiva e de um aplicativo mobile para a logística do escoamento da produção tem sido uma ação que visa a fortalecer o Circuito das Frutas de São Paulo, região que compreende 10 municípios produtores de frutas como uva, morango, caqui e figo.
Por sua vez, o projeto "Mobilização setorial, capacitação e transferência de tecnologia em Produção Integrada de Morango (PIMo)" tem como objetivo transferir tecnologia visando a apoiar os processos de adoção e certificação da Produção Integrada de Morango (PIMo), bem como a divulgação do Selo Brasil Certificado. A pesquisa dá continuidade ao Programa PIMo SP, iniciado em 2006 na região de Atibaia, que conta com apoio das Prefeituras de Atibaia e Jarinu, da Associação dos Produtores de Morangos e Hortifrutigranjeiros de Atibaia, Jarinu e Região e da Coordenadora de Assistência Técnica Integral (Cati).
O grupo produz morangos certificados desde 2011 e conta, atualmente, com a participação de produtores de Atibaia, Jarinu, Valinhos, Itatiba e Piedade. Uma das ações do projeto visa ao incentivo ao associativismo, fundamental para divulgação dos produtos certificados. Segundo Alvarez, Valinhos, Atibaia, Jarinu e Itatiba são municípios onde os dois projetos têm atuação. "Vamos conhecer os produtores que estão trabalhando com a produção integrada do morango. No projeto GPAF, há uma meta de identificar métodos de produções mais sustentáveis para multiplicá-los", explica Alvarez.
Projeto GPAF vai apoiar processo de certificação da uva de Jundiaí
A equipe do projeto GPAF vai colaborar com o grupo de trabalho criado para atuar na obtenção do selo de Indicação Geográfica para a uva Niagara Rosada de Jundiaí. Uma reunião com técnicos da Secretaria de Agricultura, Abastecimento e Turismo de Jundiaí, realizada no dia 8 de julho, tratou da cooperação entre Embrapa e a prefeitura daquele município. O líder do projeto, o pesquisador Ivan Alvarez, apresentou as possibilidades que o projeto de pesquisa GPAF pode oferecer para auxiliar no processo de obtenção do selo de Indicação Geográfica.
A uva Niagara Rosada de Jundiaí tem características particulares que a tornaram reconhecida no mercado e com potencial para receber o certificado, que deve ter impacto na agregação de valor ao produto. Entre outras atividades, o projeto vai colaborar com o grupo de trabalho na delimitação da área de incidência da uva Niagara Rosada com limites naturais, o mapeamento do uso das terras e o zoneamento climático. Deve contribuir ainda com o mapa digital de declividade da região e com o mapeamento da fertilidade dos solos.
O grupo de trabalho é liderado pela Secretaria de Agricultura, Abastecimento e Turismo de Jundiaí e foi formado a partir do seminário organizado pela Embrapa Monitoramento por Satélite em março desse ano, que discutiu diversos aspectos relacionados à obtenção de selos de indicação geográfica e à criação de marcas coletivas para o Circuito das Frutas do Estado de São Paulo.
