Ano 24 - nº 07
Embrapa Monitoramento por Satélite

Primeira etapa do SITE da Macrologística da Agropecuária é apresentada ao Ministério da Agricultura

No dia 18 de outubro, o chefe-geral da Embrapa Monitoramento por Satélite, Evaristo de Miranda, e o analista Carlos Alberto de Carvalho estiveram no Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), em Brasília, DF, onde foram recebidos pelo secretário-executivo, Eumar Novacki, e equipe. Miranda apresentou os resultados da primeira etapa do Sistema de Inteligência Territorial Estratégica (SITE) da Macrologística da Agropecuária Brasileira. O estudo foi desenvolvido pelo Grupo de Inteligência Territorial Estratégica (Gite) da Embrapa em colaboração com diversos parceiros públicos e privados.

O trabalho cartografou, qualificou e quantificou os caminhos seguidos pela safra de grãos no território nacional em 2015, desde as áreas de produção até a exportação. Além disso, ele está mapeando os caminhos logísticos da produção agropecuária para o consumo interno e sua retrologística (chegada de insumos produtivos). Nesta primeira etapa, já concluída, foram estruturados bancos de dados geocodificados sobre as áreas de produção, delimitadas as principais bacias logísticas de escoamento da safra, identificada e geocodificada a logística viária (rodoviária, ferroviária, hidroviária e portos) associada a cada bacia logística e quantificados os fluxos das exportações brasileiras de grãos e farelos em 2015. Nos próximos meses, os trabalhos deverão ser finalizados com a hierarquização das principais obras e intervenções viárias nos diversos modais que podem ampliar a competitividade da agropecuária nacional.

O estudo realizado pelo Gite mapeou o deslocamento de 100 milhões de toneladas de grãos e farelos destinados para a exportação, da produção de 198 milhões de toneladas em 2015. Nos 10 principais portos brasileiros, a safra destinada às exportações chegou principalmente por ferrovias (47%) e rodovias (42%), além de 11% pelas hidrovias. Evaristo de Miranda explica que o SITE da Macrologística da Agropecuária Brasileira contextualiza os desafios de ganhos de competitividade da produção agropecuária a partir de uma série constante e permanente de levantamentos, pesquisas, modelagens e resultados parciais que vêm sendo apresentados em reuniões com instituições e representantes envolvidos na rede da macrologística do agronegócio.

Competitividade

Nesses encontros, ele aponta, emerge claramente que os ganhos de competitividade da agricultura brasileira com a melhoria da logística podem ser muito maiores e mais rápidos do que os obtidos atualmente pela adoção de inovações tecnológicas. “O agro precisa conhecer, gerir e intervir melhor no tema da sua macrologística, como já faz o setor de mineração e da produção industrial. E seguir investindo em inovação na produção”, destaca Miranda. O gestor complementa que a proposta da Embrapa é apresentar um sistema dinâmico que funcionará durante anos, com atualizações constantes e fornecendo cenários sobre a macrologística agropecuária, principalmente para o Ministério da Agricultura.

Obras prioritárias

Quanto à hierarquização das obras prioritárias para a macrologística agropecuária, as indicações propostas ao ministério consideram três contextos: o temporal – com cenários de curto prazo (5 anos); médio (de 5 a 10 anos) e longo prazo (acima de 10 anos); o dos modais logísticos (rodoviário, ferroviário e hidroviário/portuário) e, finalmente, o de sua possível viabilização (concessões, parcerias público-privadas e investimentos diretos do Tesouro Nacional), o que requer, nesse caso, a estimativa dos investimentos e do retorno previsto. “Isso implica uma série de cálculos de custos e retorno de ganhos econômicos e financeiros, nesses modais, nesses prazos etc.”, disse Miranda.

Com isso, ele complementa, podemos dizer se aquela obra rodoviária de médio prazo pode ser concedida, ou orientar gestões públicas quanto ao melhor tipo de investimento que ela poderá optar. No início de 2017, o sistema deverá ser submetido pelo Mapa e pela Embrapa às considerações dos principais atores envolvidos na rede da macrologística do agronegócio brasileiro para aprimoramento e futura disponibilização ao acesso público.

 

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